quinta-feira, 14 de outubro de 2010

X

Percebo que enquanto me desespero..
Meu pescoço trava e a partir dele
Luto contra minha visão, minha boca, minha língua
Meu corpo partido em dois

Enquanto o controle me é negado
Por meu espírito genioso, impulsivo
Minha cabeça se espalha..
Minha razão se separa pela epilepsia do meu coração

Me torno um animal revestido de instinto
Pronto pra despedaçar qualquer sorriso

Enquanto me despedaço
Falo.. o que não falo
Sinto.. o que não sinto
Me perco
Dentro de mim.. tudo me vence

Me torno mudo
O que fala.. não sou eu
O que grita é a paixão indomável
Um verso da loucura que não pude matar

Quando me liberto, esqueço tudo
Perco o sentido
Passo de onça pra cadela... com o rabo entre as pernas
Procuro um sentido, uma única brecha
Tento me justificar
Mas não dá...
Num segundo sou pantera
No outro estamos machucados por ela

2 comentários:

João Bosco Maia disse...

Estive já por aqui e cá estou outra vez. Belo espaço para as letras, para a poesia, para o pensamento... para tornarmos mais claros nossos caminhos! Ao mesmo tempo em que te mobilizo para removermos este triste índice de 2 livros/ano por leitor brasileiro (na Argentina são dezoito livros/ano),
te convido a conhecer meus romances. Em meu blog, três deles estão disponíveis inclusive para serem baixados “de grátis”, em formato PDF.
Um grande abraço e boa leitura!

João Bosco Maia disse...

Valeu! Vou aguardar o comentário.