sábado, 15 de outubro de 2016

Xl

O corpo que treme na deliciosa dor do seu
Não é meu. 
Meu espaço se expande, até onde não sou
Até onde não fui pra gozar como gaivota
Como arara, bem ti vi na janela
Onde o sol não raia
E a hora não desperta meus olhos.
Até onde não fui pra tomar aquele café
Até onde não sou pra sentir as intrépidas garras da noite
Nos seus braços
No riso que não existe mais
No espaço infinito do tempo
Que nunca vi passar. 
Meu coração, templo sem dimensão
Sua boca, madruagada

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