terça-feira, 25 de novembro de 2008

XVIII

O bebê que chora sozinho no berço
As pessoas que gritam dentro da carne podre
Os cães, que trepam nas esquinas, em fila
Os mortos, e o erro humano atribuido a Deus
As arvores, com sua necessidade de ficar no mesmo lugar
Os loucos e suas verdades confusas e marginalizadas
O céu, o mar e a terra
Que por um súbito de segundo procede morta em sua órbita
Ao sol, que há de se apagar. Ah se há!
Pelos canalhas, putas e livres de espírito
Rodam pelas estradas, duros e pálidos
Aos olhos vazios e as lagrimas de dor
Para a análise infertil
Há conduta lasciva, imposta a alma porca!
Ao impulso sujo
O julgamento egoista
E o preconceito pré-adquirido
Ao assassino vil
Há morte alimentada pela vida, alheia...
Há melodia desafinada e utópica.
Aos gatos disciplinados.
E o sangue compulsório a sangrar.
Para a lua, que é cumplice dos libertinos
Com suas cachaças e insanidades depreciadas, invejadas...
Ao sexo sifílico
Há brasa, o fogo do cigarro
As crianças violadas, que sentiram prazer, que sentem...
Aos homens fracos, pérfidos, vagos, brochas, corajosos e covardes, bêbados, frigídas e bostas...
Ao bebê, as pessoas, aos cães, os mortos, árvores, loucos, ao céu, a órbita, ao sol, aos canalhas, a dureza, aos olhos, há análise, há conduta, ao impulso, o julgamento,o preconceito, o assassino, há morte, há melodia, aos gatos, o sangue, a lua, a cachaça, a insanidade, o sexo, a brasa, as crianças.... Á glória!!
Há glória do distúrbio da razão!

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