terça-feira, 25 de novembro de 2008

XVII

As notas de minha imaginação que surgem, fraseando a tua voz
E fluem dançando em minhas mãos, flamejam em minhas coxas e descansam.
Não são palavras, são passos flutuando, conhecendo meu corpo
Presos, em mim. Como num ninho, entre as minhas pernas

A voz que escuto são ritmos sonoros do teu pensamento suspenso
Da leveza da minha boca, calada.
Te imagino brincar com formas de desenhos modernos
Te imagino imaginando, o contorno límpido de rostos amarelos
Ouço o eclipse interior, que decorreu em outros tempos, em fim, acabar

Se, por acaso, esquecer, ou se não te contei do motivo!
Não deixe o tempo se apressar, não me deixe deixar de lembrar
Que o que me veio como um inesperado sonho
Pulando em minha figura liberta,
O que transforma meus sentidos indelicados
É a calma inquietação, do teu riso cálido.

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