sábado, 23 de abril de 2011

O Fruto

Me faz lembrar que posso ser tocada, e não cobrada
Me faz pensar que cobrar é como não amar
E não amar, não é pra mim.

Quando vi
Me fez sentir que estava morta
Como uma ilusão de esperança
Um fio de sanidade entreposta com a imensidão de toda a loucura do mundo
Por um segundo em vários minutos, me sentir desistir...
Tudo é fumaça e estar no ar, e esta aqui, não lá
Onde eu to, é onde tudo se perde da imaginação
É onde tudo se encontra
Onde eu to, não é aqui
Porque prisão, não é pra mim

E me entendendo como coisa sem lugar
Sem corpo, sem forma
Serei uma folha à meus olhos
Serei a folha que se desprende sem deixar de ser folha
Sem se separar de outras folhas
E virarei poeira, e virarei o vento, e serei o som
Minha ardência melancólica de te ter por perto sem poder
De te ter desinteressadamente, será minha, será do som

E poderei te sussurrar toda a agonia desesperada, que tua pele cálida me fez passar
Pra poder te tocar, me transvirei em sopro, para que me sintas, além
Pra que me sintas morder e me ouça suspirar
Me faz sentir como se fizesse tudo pra esquecer, pra quardar o que não cabe
Pra saciar fora de mim, o que meu amor não permite
Porém,minha carne sim.
Me faz sentir como se tudo fosse possível
Porque o impossível não é pra mim.

3 comentários:

Marta Martins disse...

Já te disso o que achei
Gostei. Gostei muito.

Marta Martins disse...

Então eu me recordo que de amigos que admiro, e que eles são especiais e únicos, e em muitos aspectos tão, tão mais talentosos do que eu. E eu penso a respeito das pessoas que admiro, de perto e a distância. E me percebo sendo aquilo que eu sou, sem mais ou menos. O poeta não sou eu!

Parabéns amiga!

Flávia Cortez disse...

Hey, Nai. Sou nova nessa onde de blog.
Acabei de criar o meu: www.lagartostortos.blogspot.com
E agora também estou aproveitando para conhecer, conhecer, conhecer.
É isso, vamos trocar ideias virtuais!
beijos