quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

XX

Eu odeio não querer
Antes tudo se queria em mim
Qualquer vaga esperança de novos sentidos
Sentimentos, cravado na pele
A paixão de cada um postos em mim.
Meus, integrados em mim

Já não quero
E não querer é a cicatriz
De tudo que quis, sem saber.
Não querer, é preocupação
Já quero, o que quis longe

Agora, adiante, não vou querer mas nada
Saber o que não quero, é próximo da estrada
De saber o que quero
E eu não quero

2 comentários:

Marta Martins disse...

égua,
de todos os teus posts, esse foi o meu favorito.
Quisera eu saber escrever em versos!
Eu acho que consigo alcançar esse teu tédio
=**

Abílio Dantas disse...

Muito bom, Rê bordosa, muito bom